O torcedor que foi aos Aflitos para assistir a Náutico x Atlético-MG, neste sábado à noite, bem que poderia chegar ao estádio apenas nos últimos 25 minutos de jogo. Foi apenas nesse período que as duas equipes mostraram um futebol razoável, mas mesmo assim não conseguiram sair do 0 a 0 na 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Galo permanece na quarta posição, com 41 pontos, enquanto o Timbu segue em 16º, com 26, uma colocação acima da zona de rebaixamento.Sem seis titulares - o zagueiro Fernando, os meias Juliano, Acosta e Dinda, e os atacantes Ferreira e Anderson Lessa estão machucados -, o Náutico teve duas boas oportunidades logo no começo: aos dois minutos, o goleiro uruguaio Carini, que fez sua estreia, e Jorge Luiz se enrolaram e deixaram a bola sobrar para Derley, que chutou por cima; aos oito, após escanteio da direita, a bola sobrou limpa para Márcio, de frente para o gol. Só que o zagueirão pegou mal e mandou longe da baliza do Galo.
Aos 15, o Atlético deu o ar da graça. Evandro cobrou falta de meia distância com categoria, no ângulo direito de Gledson, que saltou e, com a ponta dos dedos, impediu o gol alvinegro. Mais dez minutos, e nada de bom aconteceu. Em 25 de bola rolando, o Timbu conseguiu errar 14 passes, contra apenas quatro dos mineiros, que tinham mais a posse de bola.
Aos 29, uma trombada atleticana: sozinhos, Carlos Alberto e Jorge Luiz se chocaram de cabeça ao tentar tirar a bola da defesa. Pior para o volante, que teve que ser atendido pelo médico do clube. Daí até o intervalo, mais passes errados e correria sem direção num jogo muito fraco tecnicamente.
Jogo só melhora nos últimos 25 minutos
Quem achava que uma boa conversa ajudaria as duas equipes nos vestiários se enganou. Ambas retornaram com os mesmos problemas. Um bom exemplo aconteceu aos 12 minutos. O Náutico criou uma boa jogada, até que Carlinhos Bala tocou para Sidny na direita, livre na entrada da área. O lateral pegou mal, mas muito mal na bola, que foi próxima à arquibancada.
Aos 15, talvez assustado com o que via em seu time, Celso Roth tirou Rentería e colocou Renan Oliveira. Ao ver que o treinador adversário havia tirado um atacante e colocado um meia, Geninho optou por colocar o atacante Kuki no lugar do zagueiro Asprilla. A intenção era clara: pressionar o Galo e tentar a vitória de qualquer maneira.
E a mexida alvirrubra mudou mesmo o jogo. Aos 21, Kuki teve sua primeira boa chance. Ele recebeu em velocidade, passou por Carini, tocou, mas Werley afastou o perigo. Pouco depois, Carlinhos Bala também ficou frente a frente com o goleiro do Galo, que levou vantagem e ficou com a bola. Aos 24, Carlos Alberto tocou, Gledson saiu no vazio, e Renan Oliveira quase chegou para marcar. A zaga do Timbu foi mais rápida.
A essa altura, o jogo era bem melhor, com os dois times na luta pelo gol. Aos 32, após bate-rebate na área, Gledson teve que se atirar aos pés de Diego Tardelli para fazer a defesa. Em seguida, o atacante do Galo foi substituído por Éder Luís. Aos 42, Carlinhos Bala cruzou na cabeça de Emanuel, que tocou fraquinho, nas mãos de Carini. Fim de jogo e vaias merecidas para os dois times.
Na próxima rodada, domingo, dia 27, o Galo recebe o Santos no Mineirão. O Náutico vai a Curitiba enfrentar o Coxa, no Couto Pereira.











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